Talvez você ainda esteja fazendo as suas atividades diárias sem muita reflexão e apenas respondendo às demandas das suas responsabilidades na rotina. Com isso, você pode estar desconectada de si mesma e das suas necessidades físicas, mentais, espirituais e emocionais mais básicas.
Se esse é o seu caso, não é surpresa que o autocuidado sempre fique em segundo plano no seu dia a dia.
Afinal, quando estamos presos nesse modo automático de passar os dias, adotamos comportamentos e hábitos de forma inconsciente – comportamentos e hábitos que podem ser prejudiciais para a gente. Além disso, as pressões do dia a dia acelerado e as múltiplas responsabilidades frequentemente empurram as rotinas de cuidado pessoal para o fim da lista.
O custo de negligenciar ou deixar o autocuidado em segundo plano
Hoje em dia, é comum sentir que o tempo nunca é suficiente para dar conta de tudo. Entre trabalho, estudos, cuidado com a família e compromissos sociais, as horas do dia parecem evaporar.
Nesse cenário, as rotinas de autocuidado é muitas vezes visto como algo opcional, um luxo que pode ser deixado de lado até que as “tarefas mais importantes” sejam concluídas.
Quando vivemos no modo automático e cedemos às crenças que nos impedem de praticar autocuidado, é fácil perder de vista o que realmente importa. Estamos constantemente fazendo, mas raramente sendo. Nós nos distanciamos do momento presente e acabamos por ignorar sinais importantes que nosso corpo e mente nos enviam.
Por exemplo, você já se pegou adiando aquela consulta médica, pulando refeições ou negligenciando o sono porque “há coisas mais urgentes a fazer”? Esses comportamentos podem parecer pequenos, mas ao longo do tempo eles se acumulam e prejudicam o bem-estar físico e mental.
Sem autocuidado, também é mais difícil lidar com os desafios da vida. A falta de tempo para descansar e reabastecer nossas energias pode nos deixar mais reativas, menos criativas e menos capazes de resolver problemas. Em outras palavras, o autocuidado é essencial para o nosso funcionamento pleno.
Na realidade, ignorar suas próprias necessidades emocionais, físicas, mentais, espirituais e sociais pode levar a problemas como exaustão, estresse crônico e insatisfação pessoal.
Identificando crenças limitantes sobre o autocuidado
Uma das principais razões pelas quais o autocuidado fica em segundo plano é a presença de crenças limitantes. Aqui estão algumas delas:
- “Eu não tenho tempo para isso.”
- “Autocuidado é egoísmo.”
- “Só vou me cuidar quando terminar tudo o que preciso fazer.”
- “Sacrificar o seu bem-estar é uma prova de dedicação”.
- “Adotar rotinas de autocuidado afeta de forma negativa a minha produtividade”.
- “Preciso colocar as necessidades dos outros à frente das minhas”.
Essas ideias são profundamente prejudiciais porque perpetuam o ciclo de negligência pessoal.
Questionar essas crenças é um passo essencial para transformar a sua relação com o autocuidado. Por exemplo, em vez de pensar que você não tem tempo, pergunte-se: “Como posso ajustar minha agenda para incluir pelo menos 10 minutos diários para uma rotina ou micro-hábito de autocuidado?”
Mudando a narrativa sobre autocuidado
Talvez você ainda acredite que cuidar de si mesma é sinal de fraqueza ou irresponsabilidade. Mas é exatamente o oposto: praticar autocuidado é um ato de amor-próprio, autoliderança e crescimento pessoal.
Demonstra que você não está mais vivendo de forma automática, valoriza a si mesma e compreende a importância do seu bem-estar para uma vida mais plena. Quando você prioriza o autocuidado, passa a se conectar mais profundamente com o momento presente.
Se o autocuidado ainda está em segundo plano na sua rotina, use este conteúdo como um ponto de partida para mudança.
Comece pequeno, mas comece.
Inclua uma prática de autocuidado no seu dia hoje mesmo e veja como, aos poucos, isso pode transformar sua relação com você mesma, com os outros e com o mundo ao seu redor. Afinal, cuidar de si é a base para você viver melhor e com mais bem-estar.